Finalizando o ciclo de apresentações, fui quase “obrigada” a escrever esse texto. Parece forte, mas se encaixa porque eu tenho fugido de auto-análises ultimamente.
Stela Tannure Leal (mas prefiro usar só o sobrenome materno, que evoca a aridez do Líbano e é mais sonoro); 20 anos; irmãe (neologismo criado para explicar minha complexa ligação com o meu único irmão, de 5 anos), filha, neta, prima, amiga; valenciana de nascimento e juizforana de coração.
Escolhi Juiz de Fora para ser o “lugar onde eu ia crescer” antes de saber qual faculdade eu cursaria. Mas, acasos da vida, no meu ano de vestibular eu prestei exame para a UFF (aquelas coisas do tipo “filha, você não pode fazer um vestibular só”). Como praga de mãe sempre pega, só passei na UFF. Mas a UFJF não virou fumaça... virou teimosia.
Fui para Niterói em 2006, apaixonei de vez pelo meu curso (Direito, eu havia esquecido de mencionar), conheci gente incrível, mas resolvi prestar o vestibular para JF, meio por esporte. Não fui chamada por umas duas questões. Vivi a perplexidade quando vi que tinha chegado tão perto sem ter me preparado. E foi aí que fiz o que um monte de gente acha delírio: tranquei a faculdade e transformei 2007 em ano de cursinho.
Fui embora para JF, estudei horrores, conheci ainda mais gente incrível... e para suavizar as lembranças de um ano que não foi lá muito agradável, eu passei. Recebi a notícia numa manhã de segunda-feira, depois de uma noite inteira em claro, roendo as unhas e perturbando Isabella, outra amiga daquelas que dispensa comentários. E foi o momento mais histérico da minha vida.
Agora estou nas minhas últimas semanas de férias (passei para o 2º semestre), entediada e louca para recomeçar a lidar com aquilo que a vocação escolheu.
Ainda que minha vida, até 2007, tenha girado em torno do meu sonho de cursar Direito na UFJF, consegui não abandonar minha identidade. Sou super família e acho que esse traço se desenvolveu em mim por morar na mesma casa que os meus avós desde que me entendo por gente – determinismo geográfico puro. Filha única até os 15, “adotei” como irmãos os meus primos.
Sou dessas pessoas que tentam conversar, conforme a minha parca paciência me permite. Existem pessoas com as quais eu sinto uma simpatia gratuita (os casos de antipatia gratuita também acontecem). Amigos mesmo, conto nos dedos das mãos; nesses casos, sou de fidelidade canina. Não gosto da palavra “inimigo” e nem acho que eu o seja para alguém.
Minha mãe costuma dizer que eu sou dramática. A culpa é dela mesma: me educou com literatura demais numa família quase que só feminina.
Como esse texto está confessional demais me despeço por aqui...
(Acho que sou mais complexa que pensava!)
Stela Tannure Leal (mas prefiro usar só o sobrenome materno, que evoca a aridez do Líbano e é mais sonoro); 20 anos; irmãe (neologismo criado para explicar minha complexa ligação com o meu único irmão, de 5 anos), filha, neta, prima, amiga; valenciana de nascimento e juizforana de coração.
Escolhi Juiz de Fora para ser o “lugar onde eu ia crescer” antes de saber qual faculdade eu cursaria. Mas, acasos da vida, no meu ano de vestibular eu prestei exame para a UFF (aquelas coisas do tipo “filha, você não pode fazer um vestibular só”). Como praga de mãe sempre pega, só passei na UFF. Mas a UFJF não virou fumaça... virou teimosia.
Fui para Niterói em 2006, apaixonei de vez pelo meu curso (Direito, eu havia esquecido de mencionar), conheci gente incrível, mas resolvi prestar o vestibular para JF, meio por esporte. Não fui chamada por umas duas questões. Vivi a perplexidade quando vi que tinha chegado tão perto sem ter me preparado. E foi aí que fiz o que um monte de gente acha delírio: tranquei a faculdade e transformei 2007 em ano de cursinho.
Fui embora para JF, estudei horrores, conheci ainda mais gente incrível... e para suavizar as lembranças de um ano que não foi lá muito agradável, eu passei. Recebi a notícia numa manhã de segunda-feira, depois de uma noite inteira em claro, roendo as unhas e perturbando Isabella, outra amiga daquelas que dispensa comentários. E foi o momento mais histérico da minha vida.
Agora estou nas minhas últimas semanas de férias (passei para o 2º semestre), entediada e louca para recomeçar a lidar com aquilo que a vocação escolheu.
Ainda que minha vida, até 2007, tenha girado em torno do meu sonho de cursar Direito na UFJF, consegui não abandonar minha identidade. Sou super família e acho que esse traço se desenvolveu em mim por morar na mesma casa que os meus avós desde que me entendo por gente – determinismo geográfico puro. Filha única até os 15, “adotei” como irmãos os meus primos.
Sou dessas pessoas que tentam conversar, conforme a minha parca paciência me permite. Existem pessoas com as quais eu sinto uma simpatia gratuita (os casos de antipatia gratuita também acontecem). Amigos mesmo, conto nos dedos das mãos; nesses casos, sou de fidelidade canina. Não gosto da palavra “inimigo” e nem acho que eu o seja para alguém.
Minha mãe costuma dizer que eu sou dramática. A culpa é dela mesma: me educou com literatura demais numa família quase que só feminina.
Como esse texto está confessional demais me despeço por aqui...
(Acho que sou mais complexa que pensava!)
7 comentários:
Se descreveu como ninguém, Stela! Ficou muito bom!
"Agora estou nas minhas últimas semanas de férias (passei para o 2º semestre), entediada e louca para recomeçar a lidar com aquilo que a vocação escolheu."
Você sabe que eu faço de suas palavras as minhas, né? hahaha :D
Amei o blog, voltarei sempre!
=***
Stela,
Adorei a citação ao povo incrível de Niterói!Vc marcou a minha entrada na uff, e agradeço o fato de ter pessoas como vc!
Sobre sua teimosia com a UFJF, apesar de achar loucura, eu compreendo bem...Tinha a mesma vontade desde do dia que botei meus olhos no prédio da UFF!
Curta as férias, pq depois o bicho pega!viu?!
Mil bjooos, Couveee!
"Mas a UFJF não virou fumaça... virou teimosia" ;
SANTA TEIMOSIA que me fez rever conceitos e quase enfiar a 'cara" no buraco mais próximo, tudo por conta da minha antiga mania de pré-julgamentos, que a mesma UFJF PULVERIZOU! =)
Não preciso dizer o quao fantastico já é o começo do blog, e nem preciso dizer também que ganhou um leitor frequente! :)
Você é caloura, mas jamais burra. heehehe..
Sucesso. E conta sempre comigo! Sério! xD
bejao
Esqueceu de dizer que foi a melhor aluna de retórica da prof. Luanda no Opção! Perspicaz em suas contribuições, sensível em suas avaliações!!!
eh!!!!Acho que sou a primeira a comentar!! =)
stela..o texto ta lindo!!
Parabéns!!
mary
texto incrivel como sempre ne!
so n gostei da falta de alguma citação a respeito dos nossos seis meses de ferias! (eu sou mt chata!)
critica tb ao titulo, por que vc de forma alguma é aquilo que se vê!(eu realmente sou chata!)
no mais, favoritos aki ja xD
;*
Ótimo título!Adoro essa música!
Não sabia que vc tinhas esses "dotes" de escrita, Stela!Muito bons os textos...
E só pra relembrar, "últimas semanas de férias",nunca fiquei tão feliz com isso!Não vejo a hora de começar!5 anos pela frente!O sonho de estudar na UFJF enfim, se realiza!
Td de bom (para nós!hahuahua)
Bjos!
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