sábado, 30 de julho de 2011

Amores

Existem amores que são simplesmente insolúveis. Sim , falo daqueles amores que em algum momento chegaram a doer no peito, e que até hoje trazem consigo um gosto amargo na boca.

Aqueles que de tão românticos e apaixonados chegam a doer. Eles têm música, historia, meio e fim, nunca o começo, pois são complexos demais para começar. Talvez nunca tiveram disposição o suficiente para sair do imaginário e se tornarem de fato reais.

Acredito que o amor só pode ser romântico se platônico. Portanto devo admitir que tenho um desses, por infelizmente para mim, um cara que nem entende a complexidade de toda essa lógica, mas que mexeu com meus sentimentos como poucos – ou nenhum , para ser de fato honesta.

Marcante, sem duvida nenhuma, é como devo descrevê-lo. Vários outros adjetivos também o servem para caracterizá-lo, mas não o farei. Talvez, por uma vontade mesquinha, mandona e mimada de não dar a ele tal importância. Provavelmente quero fazê-lo menor e menos importante do que é, ou para não admitir a mim mesma a possível derrota, pois não o concretizei, mas tentei. Sem dúvida tentei.

Até hoje ao escutar a tal música me abalo completamente, e todo carrossel de emoções retorna ao meu peito. Poderia tenta explicar por Freud tal reação, mas acho que não é necessário, talvez até goste da nostalgia que isso me causa. O porquê, eu sei, mas é tão irracional que não carece explicação. Devo somente senti-lo e quem sabe no futuro aprender a olhar somente como uma marca.