terça-feira, 16 de junho de 2009

Orgulhosamente, apresento.

Da lista de qualidades que podem se transformar em defeitos que uma pessoa pode ter, uma não pode ser esquecida: o orgulho. O bicho carpinteiro que levanta o queixo e a sobrancelha,entorta a boca num esgar de superioridade e conduz o orgulhoso em questão a um salto 15 que não deveria ser tão alto. Tudo para disfarçar a dor, ou reforçar aquela maniazinha pentelha de ser consertador do mundo. Eu sou orgulhosa, com orgulho e redundância.

Do tipo que se nega a descer do salto, e, quando desce, cai de lá de cima num estrondo tão alto que chama a atenção de todo mundo.

Mas, desta vez, vai ser calculado em letra redonda. Meticulosamente, eu vou serrar este salto e vou ficar de sapatilhas. E, aí sim, vou consertar o mundo, do jeito que tem de ser. Mas é difícil, não nego. Com orgulho de certa falta de orgulho.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Daquilo que me Contorce

De fato, eu vejo as coisas e tenho ânsias de dar gargalhadas gostosas, e, principalmente, inoportunas. As coisas acontecem de um jeito tão non sense... e eu fico ali no meio, sem reação, segurando a risada, passando por alguém que funciona numa velocidade menor.

Têm me chegado histórias absurdas, sem pé, sem cabeça, e cheias de graça. Algumas meio trágicas, com um puxado de definitivo, de corte. Outras com um quê de vida que seguiu, mas que não deixou de ser irritantemente cômica. Mas todas me causam um riso fundo, ainda que, de tão cômicas, sejam trágicas.

É mesmo, eu devo funcionar lentamente. Meu ritmo é outro, mesmo que, de vez em quando, eu exploda em nervosismo e rapidez. Sou menos agitada que o primeiro olhar revela. O meu pensamento funciona em tramas artesanais. Mas, quando elas ficam prontas, costumam ficar mais elaboradas que aquelas compradas nas lojas.

E eu espero por algumas taças de vinho para rir um pouco mais.