domingo, 19 de outubro de 2008

Non Sense Musical: o Top Five

5) Para os reis dos domingos nas décadas de 80/90, projetos de boy band brasilera: Dominó.

Sue Ann Lee,Sue Ann Lee
Eu te faço Sueli
Quer pagar só prá ver
É Tupi or not Tupi (pelo menos sabem quem é Oswald de Andrade?)
USA do Oiapoque ao Chuí (imperialistas...coisa de boy band mesmo)
Oh,my God! Belong to Sue Ann Lee

Escrevo um romance
Canto Djavan (fica a dica...eles se inspiram no mestre non sense)
Conto meu lance
Quer ser minha fã? (jura que você acha que isso pode acontecer???)
(Sue Ann Lee)

4) A musa dos carnavais baianos: Ivete Sangalo.

O seu amor é canibal
Comeu meu coração
Mas agora eu sou feliz

(Realmente...todas as mulheres seriam mais felizes se não tivessem mais o coração, comido por um canibal)

3)Por melhor que ele seja, dá seus moles: Caetano Veloso.

Capte-me uma mensagem à toa
De um quasar pulsando loa
Interestelar canoa
(Rapte-me Camaleoa)

(Beleza...todo esse esforço só para rimar?)

2)Para o double pair of two singers que povoou as festinhas da nossa infância, uma homenagem póstuma: Claudinho & Buchecha.

Venero demais o meu prazer
Controlo o calendário sem utilizar as mãos
(Só Love)

(Prefiro não pensar na maneira que esse indivíduo utiliza para controlar o calendário)

1)Quando suas músicas tocam, menininhas fazem cara de apaixonadas e cantam olhando para o horizonte (elas só fazem isso porque não querem mostrar que não entendem nada)! É ele, o rei do non sense...DJAVAN!

Açaí, guardiã
Zum de besouro, um imã
Branca é a tez da manhã
(Açaí)

(Será que são mensagens subliminares?)

***

Desculpe pela ausência, a vida anda corrida e as minhas provas se multiplicam por meiose!
=)

E a moral?

Relutei muito para escrever sobre o manifesto do Pedro Cardoso. Para quem não sabe ele falou no Festival do Rio sobre o excesso de nudez nas telas brasileiras – todas elas inclusive a tv.

Pedro afirmou que os diretores “obrigam” os atores a ficarem nus. E disse ainda que “cineastas de primeiro filme” fazem sessões prives com as cenas calientes obtidas nas filmagens.

O discurso do ator tem alguns pontos bem interessantes, sob vários aspectos. Entre eles, vale destacar, a questão do critério da nudez, depende da situação etc. Enfim, é uma critica válida – afinal todo manifesto com embasamento tem o seu valor – mas bastante discutível.

Não sou atriz, mas pelo o que eu sei a maioria dos detalhes da cena já estão no roteiro. Portanto na primeira leitura você já entende “as regras do jogo”. Outra questão, o ator falou que um diretor não deve pedir a uma atriz o que não pediria a sua filha (?) – confesso que não “entendi” muito bem esse papo.

Acredito que em qualquer profissão as pessoas estão sujeitas a sabores e dissabores. E tem mais, se o ator se sente agredido ao fazer a tal cena, existe a possibilidade de negar, simplesmente dizer não ao papel. Ninguém é obrigado a fazer nada ok?!

Sobre o fato do excesso de nudez eu até concordo em alguns pontos. Realmente em qualquer horário do dia tem uma semi-nua no ar, mas espera um pouco, não somos nós que determinamos o que assistir? Então existe a possibilidade de trocar o canal né?!

Acho que quando ele falou de tudo isso, esqueceu de mencionar o que para mim é essencial nessa história toda, quem tem que filtrar o que vai ver somos nós. A questão de usar o corpo para atrair o púbico é muito repetida, e é bem simples de entender a lógica. Se você se dispõe a ir assistir um filme porque o casal bonitão está transando, e este é o maior apelo para você, divirta-se. Se o cidadão vai ao cinema com esse intuito, direito dele e paciência.

Já vi excelentes filmes e peças de teatro com cenas de nu que não me agrediram. O que dizer sobre “Os Sonhadores” e o “Último Tango em Paris” do Bertolucci? E as interpretações do Teatro Oficina do Zé Celso – esse último me chocou um pouco no início, mas depois gostei.

A discussão é importante, mas o drama que as pessoas tem feito por causa disso está exagerado. Quando digo isso, não estou falando do Pedro Cardoso, e sim de uma parte da população que resolveu se “manifestar”. No blog do Ricardo Calil, as pessoas estão “avançando” porque ele discorda da opinião do ator, de forma ofensiva. Desnecessário.

As pessoas têm opiniões diferentes. Nada mais nem menos. Acho que já deu dessa patrulhinha da moral e dos bons costumes!

sábado, 18 de outubro de 2008

Ao mestre com carinho

Só me dei conta hoje – uma semana depois – que eu não escrevi nada a respeito do Cartola. Bom no dia 11 de outubro desse ano foi o centenário desse ilustre senhor.

A minha paixão por Cartola, ou melhor, Angenor de Oliveira vem de longa data. Meus pais sempre escutaram, e depois aos poucos – após a rebeldia da adolescência – passei a gostar por vários motivos. Primeiro ele é um dos fundadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira – que é a minha primeira paixão – e o segundo, bom ele era tricolor! Acho que tenho motivos suficientes, não?Brincadeiras aparte, Cartola para mim é a essência do samba. É impossível pensar no ritmo sem conhecê-lo.

As músicas de Cartola têm um refinamento simples. Falam de coisas normais que acontecem com todo mundo, mas com sutileza e delicadeza, que as fazem verdadeiras poesias.

Sabe quando a paixão e o namoro acabaram, e você simplesmente não sabe como comunicar o fim. Fica naquela saia justa absurda, sem saber como escapar. Existe coisa mais normal que isso? Em “Acontece” essa situação se torna bonita, de maneira extraordinária.

E quando nós mulheres temos crises absurdas por causa da ex do atual? O sujeito fica naquela embolação, sem graça de dar dó, e não consegue falar muita coisa, logo muda de assunto – até porque cá entre nós o que a gente tem com os relacionamentos anteriores do namorado. Em “Tive Sim”, ele dá um resposta apaixonada, mas com tom de chega para lá em nós, mulheres ensandecidas de ciúmes.

Já em “O Mundo é um Moinho” ele faz o que a maioria dos pais e parentes adoram fazer: dá um puxãozinho de orelha, uma lição de moral, necessária. Tentando alertar para o mundo.

E como esquecer da mais famosa das músicas dele: “As rosas não falam”. Essa é uma daquelas declarações de amor que toda mulher que ouvir. Afinal, quem não quer ser comparada com o perfume de uma rosa?

Essas são só algumas das composições dele. Ainda faltam muitas nessa lista, mas seu eu fosse falar de cada uma levaria pelo menos cem anos. Para quem não conhece Cartola, fica a dica de escutar essas músicas, que são sensações únicas. No mais, ao mestre só resta agradecer, então: Obrigada Cartola.

P.S.: Entre as músicas eu incluiria pelo menos mais duas “O Sol Nascerá” e “Alvorada no Morro”. A biografia dele é um capítulo aparte, vale a pena conhecer.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Faxinas

Sempre gostei de bagunça. Achava que ela era anti qualquer coisa, tédio, chatice etc. Quebrava as regras. Talvez, isso representasse para mim uma espécie de transgressão.
Mas, em alguns momentos, isso tudo vira excesso, e você se sente perdida.

O meu ultimo mês foi dedicado em por ordem na casa. Botei as lembranças em uma gaveta, as boas histórias em outra e joguei as ruins no lixo. No caminho achei casos mal resolvidos, e respostas esquecidas. Achei que não era justo deixa-las sem um lugar.

No começo pensei em ligar para cada um distribuindo respostas e desfechos por ai, mas lembrei que isso poderia ser por deveras doloroso para mim. Para ser sincera, acho que essas “coisas” mal terminadas, talvez já tenham achado o seu caminho.

Nem tudo precisa de respostas óbvias como sim e não. Existem fatos que as palavras não seriam capazes de encerrar, e talvez se conseguissem, fariam perder toda a complexidade. O que não seria justo, já que enredos sem final, às vezes nos tocam e emocionam bem mais que um previsível the end.

Achei que não era justo encerrar aqueles “turbilhões de emoções” com frases simples, só para não deixar o dito pelo não dito. Por isso achei espaço para essas historias na minha pequena baguncinha. Elas ficaram em uma caixa, junto com as “memórias esquecidas”, mas bem distante das esperanças para o futuro. Porque esse eu espero que seja repleto de encontros e desencontros, choro e riso, homens certos e – porque não – os errados e surpresas, sempre surpresas.



segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lei de Murphy Aplicada

O que era para ser uma sexta-feira normal tornou-se um thriller de stress, correria, muita chuva e bolhas nos pés. Eu tinha uma formatura para ir, mas só iria depois da minha aula na faculdade, que ia das 19h às 21h. Minha mãe me mandaria uma bolsa com algumas coisas que eu precisaria para o fim de semana, dentre elas os sapatos e a roupa da formatura e alguns itens de geladeira, por um conhecido dela, durante a tarde. Tudo muito simples: no meio da tarde, eu passaria na casa do sujeito, pegaria minhas coisas, voltaria para casa, tomaria um banho e iria para a aula, já pronta para sair de lá direto para a colação de grau (para a qual eu já estaria atrasada, diga-se de passagem).

Primeiro ponto: chovia e fazia um frio de matar, num daqueles dias em que se quer ficar dentro de casa, debaixo das cobertas, com um livro numa mão e uma caneca de chá quentinho na outra. Mas lá vai a besta que vos fala pegar um ônibus para buscar suas coisas na casa do sujeito na hora marcada. Perfeito, se ele não morasse numa pirambeira. Estupendo, se estivesse alguém em casa. Magnânimo, se eu não passasse quase uma hora debaixo da chuva na porta do prédio sem porteiro. Fantástico, se bem na hora que minha paciência acabou os motoristas de ônibus não tivessem entrado em greve. Leia-se: voltei a pé para casa, com chuva, sem bolsa e praguejando contra todas as paralisações possíveis. Mas podia ser pior: minha sombrinha quebrou de uma forma nunca d’antes imaginada e eu precisava segurá-la com as duas mãos para não protagonizar a famosa cena de Mary Poppins.

Chegando em casa (às 17h), tomei um banho fervente, arrumei a juba e já fiquei semi-pronta para a formatura. Com um outro sapato e um coque nos cabelos (eu precisava proteger meu brushing de alguma forma), fui procurar um telefone e ligar para o cara, para saber se eu podia ir até a casa dele ainda antes da aula. Ele atendeu prontamente (e pelos meus cálculos, chegou em casa logo após o fim da minha paciência); empolgadíssima, disse que já estava indo para lá, naquela hora mesmo. Eram quase 18h. Super simples: um ônibus para a casa do cara, outro para a minha casa, guardar as coisas voando, outro ônibus para a faculdade e todos seriam felizes para sempre.

Mas não! Os adoráveis motoristas não tinham voltado ao trabalho...e eu tive outra idéia brilhante: já que eu estou toda maquiada, com esse sobretudo lindo e meia-calça cinza, eu posso pegar um táxi e vou resolver tudo ainda mais rápido! Quando eu estivesse de volta ao centro da cidade, a paralisação dos doces motoristas de ônibus já teria acabado.

Eu não contava com a astúcia do povo juizforano: todo mundo teve a mesma idéia. Não é nada normal encontrar uma fila de quase 30 pessoas no ponto de táxi. Ainda tentei interagir, ver se alguém ia para o mesmo lado que eu...nada. Nessa hora voltou a chover, e eu me dei conta que eu não iria à aula naquele dia se quisesse a minha bolsa e a formatura. Lá fui eu, formalíssima, a pé para encontrar minha encomenda.

Eu nunca tinha visto nada parecido: as calçadas abarrotadas de gente que estava, falando com toda a delicadeza, P#$% da vida. As pessoas se atropelavam, ultrapassavam-se iradamente...parecia o trânsito do meio da rua transposto para o passeio. Parou de chover, e, instintivamente, eu segurava minha sombrinha cambeta como um taco de baseball.

30 minutos de caminhada para pegar minha bolsa em menos de 30 segundos. E mais 30 minutos de caminhada para voltar. Entrei em casa feito um furacão, jogando as coisas de dentro da bolsa direto para o congelador com uma mão, calçando os sapatos com a outra; e falando com a minha mãe ao celular ao mesmo tempo. Retoquei a maquiagem e o perfume e voei para a formatura (sorte que o teatro fica a menos de 100 passos do meu prédio). Quando encontrei o Gustavo me esperando na porta do teatro, a vontade foi de...pedir meia horinha, só para tirar os sapatos e deixar todo o caos sair de mim. Cruzes, o que foi aquilo?

Moral da história: vou passar um bom tempo sem dar um sorrisinho para os motoristas, nem agradecer quando descer dos ônibus. E farei malas mais completas para não precisar pedir coisas durante a semana!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Beautiful Day(s)

A última semana foi marcada por uma seqüência de bons dias. Retornei – depois de uma longa temporada – a Valença. Reencontrei amigos, disse algumas boas verdades e por ai vai. Mas, nem tudo são flores. Bons momentos também nos levam a boas reflexões, e nesse ponto as coisas – às vezes – mudam de figura.

Meu fim de semana da alegria começou na quinta. Depois de ir a uma festa – a convite de um amigo – parti para Lapa. Me acabei, ri, sambei,cantei enfim lavei a alma. Cheguei em casa às 4:30 da manhã! Perfeito se não fosse um pequeno detalhe: tinha aula às 7:30 do mesmo dia. Superado isso, fui para Valença, onde tinha minhas dúvidas sobre o que me aguardava lá.

Garanto que a paisagem era bem melhor do que eu tinha imaginado. Encontrei uns amigos que há muito eu não via, e, fui botar o papo em dia – talvez em dia até demais. No meio da noite o primeiro sobressalto. Tentei me manter calma, mas garanto que não tive grande sucesso.

Depois de alguns “aditivos” resolvi – mesmo – qualquer assunto de meias palavras. Fiz com tanto sucesso que perdi a voz. Porém, o fim de semana ainda estava longe de acabar.

Na tarde seguinte, tive um dos melhores encontros da minha vida. Era somente mais um daqueles dias normais, que não prometiam nada. Totalmente despretensioso. Até que comecei a me movimentar e fui encontrar com companheiros de longa data – e põe longa data nisso. Muito bem, começamos em um impasse: Para onde vamos?

Corremos de um lado para outro, até que achamos o “bar” apropriado (?) para situação. Rimos horrores, lembramos de casos do passado – principalmente das 711 e 2011 – contamos as novidades e nos reencontramos no sentido mais visceral da palavra. Foi maravilhoso.

Naquele sábado me lembrei perfeitamente de quem eu era e sou. Depois de um período “esquisito”, essa reunião foi essencial. Precisava daquelas pessoas mais do que eu imaginava. Eles sabem quem eu sou e como sou. Conhecem a minha “trajetória”, palavra forte, mas que tem seu apelo.

Já que esses caras eternizaram uma das minhas tardes, e fizeram o que eu chamo de encontro despretensiosamente perfeito, vou dar nome aos bois. Meu querido Rodrigo – amigo que a vida insiste em nos juntar. Anelise – sempre longe - perto. Monique – a distância mais presente do planeta. Mario – amigo de sempre. Eles são para sempre, mesmo que o mundo me leve a lugares insólitos e diferentes.

P.S.:Não preciso dizer que deixei o blog em total abandono né?! Enfim, tava em época de prova. Também estava numa temporada meio chatinha... Coisas da vida...
Vou tentar voltar a postar com alguma freqüência!Bjks

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Segunda-Feira

As pessoas não costumam gostar de segundas-feiras. Dizem que elas são chatas, cheiram a rotinas repetitivas, são provocativamente ensolaradas quando o fim de semana foi chuvoso, ou nebulosas para sufocar a alegria vinda do domingo ensolarado. Tudo teoria da conspiração.

Eu amo segundas, sabe-se lá o porquê. Elas me passam uma sensação de normalidade e conforto únicas, Tudo chegou no lugar, as pessoas se encontram e relembram o fim de semana, as ruas ficam cheias de gente, tudo parece obedecer àlguma música invisível.

Em compensação, detesto domingos!

(momento boba alegre?Vai saber...)

=)