quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desabrochares

Já vieram várias vezes me perguntar o porquê de eu escrever e me expor. Apontam para o perigo emocional (ou mesmo físico) de fazê-lo, e me chamaram até de exibicionista.

Eu confesso que não me importo. Tenho fases de precisar do auxílio da escrita para organizar melhor o pensamento e entender mais o que acontece ao redor de mim. Também para dar boas risadas de mim mesma. Sem pretensões megalômanas. E nada do que eu escrevo me faz sentir medo dos outros. O que eu digo e deixo que os outros vejam não vai além do que eu diria numa mesa de bar (afinal, como já dizia o ditado latino, in vino veritas).

Em algumas épocas (como o longo mês que se passou), eu não consigo materializar o que eu vejo em papel, e me sinto aprisionada, emudecida. Mas, vá lá, isso passa, sem deixar danos.

Inspirada pelo texto da Maria, estou de volta.
*

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(Clarice Lispector)

Um comentário:

Thais Barbosa disse...

Eu te entendo, e concordo com voce em tudo!! ótimo jeito de expressao stelinha! beijos!