domingo, 16 de agosto de 2009

"Dói nos cotovelos..."



Ciúme: sm (lat vulg *zelumen) 1 Inquietação mental causada por suspeita ou receio de rivalidade no amor ou em outra aspiração. 2 Vigilância ansiosa ou suspeitosa nascida dessa inquietação”.

Sim, me sinto patética por ter sentido essa famigerada inquietação. Sempre fui do tipo de pessoa que ria dessa história de ciúme, achava que era uma coisa muito mais inventada que real. Quando alguma amiga iniciava uma discussão a respeito do tema era sempre eu que dava a “senhora lição de moral”, dizendo que esse é o tipo da coisa que não devemos dar tanto valor e tal.

Muito bem, na teoria isso funciona perfeitamente, é poético, controlado e racional. Porém um belo dia o tal discurso se desmancha quando chega à hora da prática. Sim “o feitiço virou contra o feiticeiro”. Você está tendo uma crise “daquelas” de ciúme.

No começo você não entende muito bem o que é, mas depois a dor se torna quase física. Aos poucos, a “ficha vai caindo” e enfim é o momento de constatar, que aquele monstro – até poucos dias aprisionado e contestado – é verdadeiro, e está ali, na sua frente. Surge aquele alerta vermelho, acompanhado da pergunta angustiante: “O que fazer agora?”.

As respostas mais óbvias são: sucumbir ou tentar - às vezes um pouco em vão – abstrair e – por que não – relaxar. E, quem sabe, seja até possível tratar a situação como só mais uma daquelas banais do dia-a-dia, que somos obrigados a conviver – para essa é necessário certo autocontrole, que eu, não tenho.

Agora, fingir que esse sentimento não existe e nunca existiu é impossível. Afinal, “o ciúme dói nos cotovelos, na raiz dos cabelos, gela a sola dos pés”.

Um comentário:

Pedro Torres disse...

Sabe, ciúme é uma coisa que dá e passa... Assim como vários outros sentimentos, é muito fácil ignorá-lo enquanto ainda não sentimos, enquanto ainda não percebemos a sua existência. Mas a vida sempre nos mostra que somos humanos e, por isso, somos iguais a todas as outras pessoas do mundo, apesar de sempre termos nos considerado diferentes, né?

Adorei seu texto, garota!
Já tava com saudade!

Bjos!