quinta-feira, 23 de abril de 2009

Eu não sei bem desde quando eu espero por esse dia. Pode ser que tenha sido aos 13, quando os acordes de "Corista de Rock" ecoaram na minha cabeça de adolescente desafinada. Ou aos 14, quando eu descobri aquele LP nos guardados da minha mãe. Aos 15, quando adotei "Coisas da Vida" como a "minha" música, para todo o sempre, Amém? Ou com com "Esse Tal de Roque Enrow", "Flagra", "Mamãe Natureza", "Saúde"...

Das letras às histórias, foi um pulo. E logo eu era louca por aquela ruiva doidivanas que conta casos de avó babona depois de ajeitar os óculos redondos e fazer uma careta típica. Pela mulher perdidamente apaixonada pelo marido-companheiro-de-trabalho. Pela adolescente alucinada que lambeu a maçaneta da porta tocada pelos Beatles. Pela senhora que cai da sacada e se sacode. Pela ativista contra os maus tratos aos animais.

Rita Lee Jones talvez seja minha maior paixão musical. Um coquetel de paixão, com mel e limão, on the rocks. Mandei fazer óculos novos, mais fortes, e aguardo com a maior das ansiedades pelo dia 9 de maio. Vou sozinha.

E minhas mãos suam quando percebo a certeza de que vou chorar nesse show.

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