quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Meu trabalho é me traduzir...



Há algum tempo tenho vivido situações repetidas. Um verdadeiro disco arranhado e que para variar, eu sei bem o final. Hoje – na verdade ontem – escutei mais uma das incansáveis músicas desse repertório batido. E lá vem todo o drama.

Sabe-se lá o que fazer nessas tais melodias, mas garanto que estou aprendendo como não agir. Às vezes, o rumo do mundo me assusta. Pergunto-me onde tudo isso vai parar.

De repente surge uma solução/tentativa de melhorar ou pensar... Escuto o mestre Caetano... Lembro que “não me amarra dinheiro não, mas os mistérios”. Logo depois eu penso que o motivo da minha tristeza “é um estandarte da agonia”, e talvez não mereça a minha aflição.

Tento passar ao coração um pouco de tranqüilidade, mas não obtenho resultados. Olho a Lagoa e imagino como seria bom navegar em mares calmos, sem sobressaltos, sem toda essa confusão, deixando para trás qualquer tipo de turbilhão. Se tivesse que definir a minha vida seria parecido com o mar no dia de ressaca, bravo, forte, sem anunciar nada somente o risco. Depois, só resta o rastro do estrago. Será que passa?

O meu cd, que está longe de acabar, entoa “Trilhos Urbanos”, imagino que realmente “o melhor o tempo esconde, longe muito longe”. Talvez “aquela curva aberta, aquela coisa certa, não dá para entender”. E que para variar o meu trabalho – diferente da música – é me traduzir.

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