quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cabelo, Cabeleira, Cabeluda, Descabelada...

Por toda a minha vida, vivi uma batalha árdua contra as minhas madeixas de fios finos (e rebeldes feito terroristas do IRA). Já repiquei, usei chanel... cansada dos cachos sempre-do-mesmo-jeito, optei pela escova progressiva, e hoje sou uma mulher feliz, que revela seus caracóis só em ocasiões ímpares. Estou numa fase de paz tântrica com minhas melenas.

Aí vem toda a problemática: depois de SEIS meses sem cortar o cabelo, eu lembrava uma brava militante de alguma seita que prega a proximidade do apocalipse e uma juba sem corte. Sob protestos do Gustavo ("não corta muito,por favor") me encaminhei para o salão.

Toda vez que entro num salão, me sinto desarrumada. A luz do espelho faz com que eu pareça ainda mais pálida que o branco-gótico habitual. Para completar, marquei um horário de manhã e realmente estava de cara amassada. E todas aquelas mulheres lindas das revistas de moda... (como ler Vogue e se sentir a última das mortais em dez passos!?)

Confesso que fiquei seduzida pelos cortes fresquinhos do verão. Cada chanel lindo...quase sacrifiquei dois anos de "cabelo crescendo" para voltar a usar algum curtinho acima da linha dos ombros. Mas, meio que instantaneamente, algum instinto protetor capilar me fez sentir uma piedade copiosa dos meus cabelos. E, quando a tesoura se aproximou, o único apelo foi "só as pontinhas,pelo amor de Deus..."

No fim das contas, mudei um pouco. Tirei uns três dedos, fiz um corte bem reto, cortei a franja (de novo!Só para causar polêmica...). E, umas 24 horas depois da interenção, estou rindo feito boba para o espelho....

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