quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Faxinas

Sempre gostei de bagunça. Achava que ela era anti qualquer coisa, tédio, chatice etc. Quebrava as regras. Talvez, isso representasse para mim uma espécie de transgressão.
Mas, em alguns momentos, isso tudo vira excesso, e você se sente perdida.

O meu ultimo mês foi dedicado em por ordem na casa. Botei as lembranças em uma gaveta, as boas histórias em outra e joguei as ruins no lixo. No caminho achei casos mal resolvidos, e respostas esquecidas. Achei que não era justo deixa-las sem um lugar.

No começo pensei em ligar para cada um distribuindo respostas e desfechos por ai, mas lembrei que isso poderia ser por deveras doloroso para mim. Para ser sincera, acho que essas “coisas” mal terminadas, talvez já tenham achado o seu caminho.

Nem tudo precisa de respostas óbvias como sim e não. Existem fatos que as palavras não seriam capazes de encerrar, e talvez se conseguissem, fariam perder toda a complexidade. O que não seria justo, já que enredos sem final, às vezes nos tocam e emocionam bem mais que um previsível the end.

Achei que não era justo encerrar aqueles “turbilhões de emoções” com frases simples, só para não deixar o dito pelo não dito. Por isso achei espaço para essas historias na minha pequena baguncinha. Elas ficaram em uma caixa, junto com as “memórias esquecidas”, mas bem distante das esperanças para o futuro. Porque esse eu espero que seja repleto de encontros e desencontros, choro e riso, homens certos e – porque não – os errados e surpresas, sempre surpresas.



Um comentário:

Anônimo disse...

Hummm... A curiosidade me faria revirar as gavetas da sua casa...
Adorei o texto, amiga!!!

Bjos!!!