sábado, 19 de julho de 2008

Identidade Básica

O nome de alguém é, para mim, muito mais do que um amontoado de letras na identidade. Um nome marca tudo aquilo que se é, do berçário ao cemitério.

Quando converso com uma grávida, uma das primeiras coisas que pergunto é o nome da criança. Já convenci algumas a trocarem os nomes dos rebentos por causa de significados feios ou não-condizentes com aquilo que a mãe queria para o seu filho.

Particularmente, sou apaixonada pelo meu nome. Acho curto, sonoro, tem uma história bonita e um significado quase auto-explicativo. Dona Dione mandou bem, para variar.

Eu meço o interesse das pessoas por mim pelo jeito que elas escrevem meu nome. Quem se afasta de mim, fatalmente passa a escrever meu nome errado. Esquece a simplicidade de “Stela” e passa para “Stella”, talvez confundido pela letra dobrada do sobrenome. Mas quando escreve “Estela”, eu tenho certeza que já estou em último plano, e aquela é só uma gentileza. Coisa de doido, mas costuma corresponder à realidade.

Por outro lado, adoro apelidos. Chamo quase todas as pessoas muito próximas por, no máximo, duas sílabas. Meu avô é (mesmo se chamando Marcio), minhas primas só Te e Li, meu irmão é Dolfo. Ainda assim, meu nome é tão curto que a coisa mais rara é me colocarem algum apelido. O diminutivo me incomoda, porque soa forçado chamar de Stelinha uma mulher do meu tamanho (raríssimas exceções a essa regra existem, particularmente entre os amigos mineiros), e pareço um pouco séria para corruptelas.

Quando meu irmão começou a falar, meu nome foi o último que ele conseguiu. Eu já estava um tanto frustrada com o desprezo dele, mas convenhamos: ”S” mudo não é fonema muito atraente para crianças. Até que, num dia qualquer, ele soltou o grito de “Téa”, libertador para a irmã rejeitada. O Téa virou Téia, e depois Tetéia. E eu ganhei um apelido (em família, frisa-se em neon) quase na maioridade. Acho que isso traduz o fato de que a chegada dele me trouxe um frescor rejuvenescedor que me aboliu do peso de ser filha única...

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso me lembra qnd agente se conheceu, e vc reclamou q eu escrevi seu nome de tres vezes diferentes nas fotos do orkut! ehaUEHAuheauHEAu erro q nunca mais ocorreu e creio q nao ocorrera!!!
Nossa, otimo texto! Lembra a epoca q meu irmao me chamava de dieie...Drielle eh complicado para crianças tb! hahaha

;*

ps: oq aconteceu com o telinhaa? tao lindoo amigaa!
perdoe-me, nao resisti!

Anônimo disse...

Ih, menina... Escrevi em um comentário de um texto passado o seu nome errado então... "Stella"! Pois é, a moda de nomes estrangeiros e, consequentemente, cheio de duplos l's, m's, y's, w's, e vai saber o que mais, andou me confundindo, sabe?
uhauahuahuhauhauha
Bjos!